Foi condenado, a 22 anos de prisão, um homem por matar a tiro a ex-mulher em Marco de Canaveses, no Porto, em junho do ano passado.
De acordo com a Procuradoria-Geral Regional do Porto (PGR-P), o Tribunal de Penafiel deu como provado que a 20 de junho de 2022 que o homem não tinha licença para ter a arma em questão e que foi ter com a vítima mortal ao salão de cabeleireiro e estética onde estava, depois posteriormente disparado a arma, atingindo-a na cabeça.
Na fixação das penas, 20 anos por um crime de homicídio qualificado, três anos por um de violência doméstica e três anos por outro de detenção de arma proibida, que culminou numa pena única de 22 anos, o tribunal teve em conta o facto de o crime ter sido cometido sem possibilidade de defesa para a vítima, ter sido o culminar de violência doméstica e ter sido motivado pelo ciúme e despeito, referiu a procuradoria.
O homicida e a vítima divorciaram-se em 2008, após oito anos de casamento, mas continuaram a viver em condições análogas às dos cônjuges, residindo numa freguesia de Marco de Canaveses. O casamento "sempre foi pautado por discussões e com troca de acusações de infidelidade", vincou.
"Por diversas vezes, o arguido agrediu a companheira, partiu diversos objetos, entre os quais telemóveis, candeeiros e a televisão, discutindo mesmo à frente dos filhos, tendo numa das ocasiões apontado uma arma de fogo do tipo pistola à cabeça da vítima e do próprio filho menor dizendo que os matava", adiantou a procuradoria.