Oficialmente, o Governo nomeou José Sá Fernandes como responsável do Grupo de Projeto, que tem como missão «acompanhar e facilitar, em termos operacionais, a concretização da JMJ 2023, bem como coordenar, gerir e executar as tarefas necessárias ao cumprimento das responsabilidades e compromissos assumidos pelo Governo no contexto da JMJ 2023, designadamente os relacionados com os planos da saúde, da segurança e da mobilidade, bem como a organização dos eventos ‘Centro de reconciliação’ e ‘Feira das vocações’», entre outras tarefas. O problema é que todas as matérias estão atrasadas, já que não existe ainda o plano final para a saúde, segurança e mobilidade, o que levou algumas entidades a começarem a mexer-se e a fazerem um plano de contingência, não esperando pela equipa de José Sá Fernandes. A Câmara de Lisboa é uma delas e já colocou em marcha o seu plano e onde irá colocar os homens do departamento de Higiene, além dos serviços policiais. Também o ministro da Saúde não conseguiu apresentar tudo aquilo que será feito para que a JMJ seja um sucesso. E por aí fora. «Ainda ninguém sabe como vai ser, além do que tem sido dito de forma avulsa. Já se falou que o eixo Norte-Sul será fechado para acolher os milhares de autocarros, mas é muito pouco», diz ao Nascer do SOL fonte da JMJ.
O nosso jornal sabe que, por exemplo, a GNR irá utilizar as suas patrulhas a cavalo para policiamento das ruas de Lisboa, principalmente à noite, além de recorrer também à sua ‘equipa’ de ciclistas, à semelhança do que acontece no_Verão no Algarve. O ministro da Administração Interna deu instruções para que os programas de segurança previstos para o Verão sejam aplicados na JMJ.
Quanto à PSP, que terá 10 mil homens no terreno, conseguiu que 51% dos 1800 agentes e oficias se tenham oferecido voluntariamente para virem para capital durante esse período. Os restantes 49% serão obrigados a vir para a JMJ, devendo a escolha recair nos elementos mais jovens. Dos 10 mil polícias, 600 ainda estão a fazer o estágio.
Mas a grande novidade nesta matéria diz respeito à entrevista que o ministro da Administração Interna deu, na edição passada, ao Nascer do SOL, na qual José Luís Carneiro afirmou que a continuidade de Magina da Silva, diretor nacional da PSP, será determinada pela avaliação do seu desempenho na JMJ. Posteriormente, noticiou-se que Magina da Silva irá para Paris logo a seguir ao término da JMJ, o que deixou a PSP em estado de choque, pois o processo do fim do SEF, em outubro, complicará ainda mais a vida à Polícia. «É lamentável que Magina da Silva deixe a PSP quando está a decorrer um processo tão complicado. Percebemos que esteja farto, mas deixar a PSP nessa altura é caótico», afirma um oficial do comando de Lisboa.