O relatório final da Comissão de Inquérito à TAP foi aprovado nesta quinta-feira em sede de comissão, apenas com os votos do Partido Socialista, que tem maioria absoluta.
Apesar de os socialistas terem aprovado algumas propostas de alteração propostas por Bloco de Esquerda, PCP e Chega, as propostas aceites não foram suficientes para que os partidos mudassem a sua posição inicial.
O PS ainda tentou, com a aceitação de um maior número de propostas dos comunistas, conseguir a sua abstenção, para não aprovar sozinho o relatório, mas acabou por não lograr convencer os deputados do PCP.
Antes da votação final do relatório, foram muitas as críticas que se fizeram ouvir na sala onde decorreram os trabalhos. Com o PSD e a IL a reiterarem que as conclusões são um branqueamento do que se passou e servem apenas para proteger o Governo e o primeiro-ministro. Também Pedro Filipe Soares (BE) sublinhou a «falta de respeito pelo Parlamento e pelos portugueses» que significa a omissão, no relatório, dos episódios ocorridos no Ministério das Infraestruturas.
Os comunistas, que acabaram por ser os que conseguiram incluir no relatório mais alterações, também votaram contra, por considerarem que as conclusões não refletem o que, do seu ponto de vista, se clarificou quanto ao processo de privatização da TAP.