Foi marcada uma greve do Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor), de quatro dias, durante a semana da Jornada Mundial da Juventude, que irá abranger um total de 19 concelhos na Área Metropolitana de Lisboa (AML).
“O Sindepor viu-se obrigado a avançar para a greve perante o imobilismo do Ministério da Saúde. Chegou um novo ministro, criou-se uma direção executiva do SNS [Serviço Nacional de Saúde], todos os dias há declarações públicas destes responsáveis, mas a verdade é que o SNS continua a degradar-se, como infelizmente sentem os profissionais e os portugueses em geral", justificou o presidente do sindicato, Carlos Ramalho, em comunicado, enviado à Lusa.
A paralisação irá começar à meia-noite do dia 1 de agosto e acaba às 23h59 do dia 4 de agosto.
"Uma das provas mais flagrantes da degradação do SNS está no número de portugueses sem médico e enfermeiro de família. Já vamos em 1,7 milhões e o número não para de aumentar. É evidente para todos que o país precisa de mais profissionais para colmatar estas carências", salienta Carlos Ramalho, acrescentando que o "Ministério das Finanças manda mais no país do que o Ministério da Saúde".