Armando Pereira, cofundador da Altice, está indiciado por 11 crimes de corrupção ativa e passiva e branqueamento de capitais, revelou o seu advogado à saída do tribunal.
Já o empresário Hernâni Antunes, considerado o braço direito de Armando Pereira, é suspeito de mais de 20 crimes de corrupção ativa, branqueamento de capitais e fraude fiscal qualificada.
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No total, o Ministério Público, no âmbito da Operação Picoas, suspeita de mais de três dezenas de crimes.
O juiz Carlos Alexandre ainda não ouviu Armando Pereira, mas deverá fazê-lo esta quarta-feira à tarde.
Em causa está um alegado esquema financeiro que terá lesado o Estado e o grupo Altice em centenas de milhões de euros, cuja investigação levou a uma megaoperação, iniciada no passado dia 13 de julho, e que incluiu cerca de 90 buscas, a várias instalações de empresas, escritórios de advogados e a casas particulares, incluindo a mansão de Armando Pereira no Minho. Foram detidas pelo menos três pessoas e apreendidos documentos e carros de luxo, avaliados em vinte milhões de euros.