por Raquel Abecasis
Quarenta e nove anos depois e com o partido em risco de sobrevivência, o CDS-PP celebra o seu aniversário com um jantar-convívio esta sexta-feira, em Câmara de Lobos, na Região Autónoma da Madeira. O local escolhido não é indiferente ao facto de os centristas apostarem todas as fichas nas eleições da Região Autónoma da Madeira, no próximo mês de Outubro. Com presença no Executivo madeirense, os centristas concorrem coligados com o PSD às primeiras eleições de um novo ciclo político que se inicia precisamente naquele ato eleitoral. É na expectativa de uma nova vitória que Nuno Melo pretende iniciar o discurso de que o CDS está de volta e a antecipação desses discurso será ensaiada já esta noite. Ao lado do líder centrista e com intervenção garantida no jantar de aniversário, Rui Barreto (Presidente do CDS-PP Madeira), dará o seu próprio exemplo como governante para explicar que o CDS faz falta na cena política nacional.
«O CDS-PP é um Partido incontornável e fundador da democracia portuguesa. Mas o CDS-PP é muito mais do que história. Continua a ser indispensável nas autarquias, nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira, no Parlamento Europeu, a tomar a iniciativa em muitas propostas que ajudam a melhorar a vida dos portugueses. Os últimos dois anos foram de resistência e de reorganização e 2023 marcará o ciclo de crescimento que devolverá o partido à Assembleia da República», refere Nuno Melo na nota enviada à imprensa em que dá conta do encontro desta sexta-feira.
Na mesma nota o partido descreve a sua história na democracia portuguesa, descrevendo-se como um partido que «nasceu para construir, em Portugal, um tipo de sociedade inspirada nos melhores valores democráticos e humanistas da Europa Ocidental».
Nos últimos dias, a direção do partido multiplicou-se em contactos para conseguir uma grande presença no evento da Madeira, para que a ocasião surja como uma primeira oportunidade para relançar o discurso político dos centristas, «um partido que privilegia a liberdade, o valor do mérito e do trabalho, com menos Estado e menos impostos».