O mês de julho foi o mais quente a nível global, mas as temperaturas em Portugal estiveram próximas do normal, tendo aumentado a área de seca, atualmente em 97% do território, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.
Os valores foram divulgados, esta sexta-feira, pelo IPMA, no boletim climatológico referente ao mês passado, segundo o qual a 31 de julho 97% do território estava em seca meteorológica, 34% nas classes de seca severa e extrema, especialmente no Alentejo e Algarve.
O serviço europeu Copernicus referiu que julho foi o mês mais quente de que há registo na Terra, marcado por ondas de calor e incêndios em todo o mundo.
No hemisfério norte, principalmente no sul da Europa, houve ondas de calor de elevada intensidade e extensão, tendo sido registadas anomalias de temperatura média do ar de cerca de +4ºC na Itália, Grécia e Espanha.
No entanto, a parte continental portuguesa teve temperaturas normais para a época, sem ondas de calor, devido ao chamado anticiclone dos Açores, que provocou a entrada de ar marítimo de norte (a nortada), mais húmido e frio.
Julho foi em Portugal o quinto mês de julho mais seco desde 2000 e nesse mês diminuíram os valores de percentagem de água no solo em todo o território, sendo mais significativo nas regiões do Nordeste Transmontano, vale do Tejo, Alentejo e Algarve.
"Estas regiões têm valores de percentagem de água no solo inferiores a 10%, sendo que em muitos locais o teor de água no solo está ao nível do ponto de emurchecimento permanente", alerta o IPMA.