Os médicos internos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) iniciam esta quarta-feira uma greve de dois dias convocada pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM) para exigir melhores salários e a valorização profissional para efeitos de progressão na carreira, avança a Lusa.
A paralisação, que abrange pela primeira vez médicos em pós-formação para obtenção da especialidade, insere-se num quadro mais vasto de greves, em várias modalidades e regiões, promovidas pelo SIM até setembro para reclamar uma grelha salarial condigna para todos os médicos.
Segundo o SIM, os médicos internos representam um terço dos clínicos do SNS, trabalham 40 horas por semana, auferem salários baixos (cerca de 7,66 euros/hora líquidos), fazem horas extra (remuneradas e não remuneradas), são escalados "nalguns casos" como especialistas e pagam do seu bolso a sua formação "não obstante a obrigação legal do Estado/SNS em assegurá-la".
O SIM reivindica a integração do internato médico no "primeiro patamar da carreira médica".
A paralisação, que se prolonga até quinta-feira, coincide com a greve às horas extraordinárias dos médicos de família, que deveria ter terminado na terça-feira, mas que continua até 22 de setembro.
O SIM já emitiu um pré-aviso de greve para 30 e 31 de agosto nas regiões do Alentejo, Algarve e Açores.