O Crédito Agrícola apresentou um lucro de 174,1 milhões de euros, no primeiro semestre, correspondente a um aumento homólogo de 109,7 milhões de euros, influenciado «essencialmente pelo crescimento do produto bancário», que atingiu os 456 milhões de euros, um crescimento homólogo de 57,9% face a igual período do ano passado.
A carteira de crédito a clientes atingiu os 11.967 milhões de euros, um crescimento de 67 milhões de euros face a março de 2023, enquanto os depósitos de clientes fixaram-se nos 19.787 milhões de euros no final de junho. Já as comissões registaram um aumento de de 16,4% (+11,1 milhões de euros).
Os custos de estrutura atingiram os 207,1 milhões de euros durante o primeiro semestre de 2023, um acréscimo de 9%, ou 17,1 milhões de euros, por comparação com o mesmo período de 2022. «Este acréscimo justificou-se principalmente pelos custos com pessoal, que registaram um aumento de 9,8% (+11,3 milhões de euros) devido essencialmente ao impacto das atualizações da tabela salarial e da distribuição de prémios de desempenho», explicou a instituição financeira.
O negócio do banco foi assim o grande responsável pelos lucros consolidados do grupo: contribuiu com 156,6 milhões de euros, disparando 374,6% em relação ao período homólogo, enquanto as empresas seguradoras (CA Vida e Seguros) viram o resultado cair 68,4% para 8,1 milhões e os fundos imobiliários tiveram um prejuízo de 6,1 milhões.
De acordo com Licínio Pina, Presidente do Grupo Crédito Agrícola, «Os resultados financeiros apresentados pelo Grupo CA refletem o empenho de toda a equipa que se dedica à prestação de um serviço bancário de qualidade e de confiança, próximo das pessoas, e que contribui para o desenvolvimento económico das regiões. O Grupo CA está empenhado em reduzir as assimetrias regionais, dotando de serviço bancário regiões com baixa densidade populacional. A sustentabilidade financeira, ambiental e social são os pilares com os quais o Crédito Agrícola pretende reforçar a sua presença no mercado Português, quer em ambiente presencial quer no ecossistema digital».