Estudantes. Preço médio de um quarto ultrapassa os 400 euros

A primeira fase do Concurso Nacional de Acesso contou com a colocação de quase 50 mil alunos. Sobraram mais de 5 mil vagas para a segunda fase.

Apesar de o número de alunos carenciados a entrar no Ensino Superior ter duplicado, o preço médio de um quarto em Lisboa e no Porto, para um estudante, ultrapassa os 400 euros e a oferta disponível chega para menos de 10% dos colocados nas instituições destas cidades. Os dados foram apurados pelo Observatório do Alojamento Estudantil, “uma plataforma digital e acessível ao público que identifica diariamente a oferta privada de alojamento para estudantes, as zonas onde os estudantes de ensino superior estão alojados e as rendas praticadas a nível nacional”.

Segundo o Observatório, alugar um quarto na capital pode custar entre 190 e 620 euros, situando-se o preço médio nos 450 euros. Já no Porto, variam entre 200 e 672 euros, sendo o preço médio de 430. Noutras cidades o cenário é ligeiramente diferente, com o preço médio a ser de 240 euros em Coimbra e de 320 em Aveiro, mas o número de quartos disponível continua a ser reduzido.

Importa lembrar que a primeira fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior (CNAES) contou com a colocação de quase 50 mil alunos, o que representa uma descida ligeira em comparação com o ano passado. 

Foram colocados, segundo os dados disponibilizados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), 49.438 alunos – menos 0,7% do que na primeira fase do ano passado. A maioria dos 1.119 cursos superiores que estavam disponíveis nesta primeira fase do concurso teve todas as suas vagas ocupadas, havendo agora somente 305 cursos com lugares ainda disponíveis. Cerca de 56% dos candidatos conseguiram ficar na sua primeira opção, sendo que nove em cada dez (87%) ficaram numa das suas três primeiras escolhas.

As quatro instituições que têm zero vagas por preencher são as escolas superiores de Enfermagem de Lisboa, Porto e Coimbra e o ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa. Por outro lado, os politécnicos menos procurados e com mais vagas livres são o Instituto Politécnico de Bragança (que ficou com 944 lugares disponíveis), o de Viseu (462) ou do Cávado e Ave (polo de Braga) (339 lugares).

Sobraram 5.212 vagas para a segunda fase do CNAES, que arrancou esta segunda-feira com menos 1,4% de lugares em relação ao ano letivo passado.