O Supremo Tribunal israelita adiou, esta terça-feira, a primeira de três audições cruciais sobre a legalidade da reforma judicial.
Esta reforma foi impulsionada pelo governo de extrema direita de Benjamin Netanyahu, depois da Procuradora-Geral ter manifestado a sua oposição ao projeto.
Desde que a coligação de direita e extrema-direita assumiu o poder há cerca oito meses, que o ministro da Justiça, Yariv Levin, reconhecido por ser um aliado de Netanyahu, não aceita constituir um comité que seleciona os juízes nacionais, decisão com implicações no funcionamento dos tribunais por todo o país.
Esta audiência foi adiada por 12 dias.
Ao mesmo tempo, os advogados da Procuradora-Geral de Israel, Gail Baharav-Miara, preparam-se para impugnar em tribunal as decisões do ministro da Justiça.
Esta situação é considerada excecional.
Levin, que é um dos principais arquitetos da reforma judicial, tem como objetivo que a coligação liderada por Netanyahu tenha a última decisão sobre a designação dos juízes.
No último sábado, mais de cem mil israelitas estiveram nas ruas de Telavive pela 35.ª semana consecutiva para protestar contra o Governo e a reforma judicial, que consideram ser antidemocrática.