A Procuradoria-Geral da República (PGR) alertou para o aumento da apropriação indevida de credenciais de acesso a contas nas redes sociais, levando à promoção de plataformas fraudulentas de investimento em criptomoedas ou à exigência de resgates aos utilizadores.
Segundo o Gabinete de Cibercrime da PGR, as redes sociais mais afetadas por este “furto” dos dados de acesso são o Instagram e o Facebook, onde os” agentes criminosos”, depois de acederem às contas, alteram as credenciais e contatos associados, impossibilitando assim o utilizador de poder recuperar o acesso.
“Os agentes criminosos remetem ao dono da conta uma mensagem de correio eletrónico, ou WhatsApp, que simula ter origem no serviço de apoio ou no serviço de segurança do Facebook ou do Instagram. Se a vítima responder, facultando as suas credencias e, sobretudo, enviando o código de segurança que recebeu no telemóvel, os agentes criminosos ficam habilitados a gerar uma nova ‘password’ de acesso à conta e a aceder à mesma” explica o Gabinete de Cibercrime numa nota divulgada esta semana.
Os criminosos procuram, maioritariamente, as contas dos denominados “influencers” e de produtores de conteúdos nas redes sociais, que conseguem obter rendimentos económicos através da sua atividade, mas também de negócios de venda online.
“Quanto às contas Facebook e Instagram, numa boa parte dos casos identificados, as contas são utilizadas para difusão de mensagens de publicidade a plataformas de investimentos em criptomoedas. Invariavelmente, são plataformas fraudulentas”, pode ler-se no aviso.
“Em muitos outros casos, o dono da conta tem sido abordado pelos criminosos, que lhe pedem um resgate, para lhe serem devolvidas as credenciais de acesso à conta”, acrescenta.
O Gabinete de Cibercrime da PGR aponta, na nota divulgada, que os criminosos aparentam ter ligações à Russia ou à Africa Occidental.
“Caso as mensagens se afigurem duvidosas, não deve responder-se às mesmas, devendo antes tais mensagens ser comunicadas ao Ministério Público ou aos órgãos de polícia criminal” conclui o Gabinete Cibercrime da PGR.