Apesar das polémicas da Defesa, Gomes Cravinho nega estar debilitado como ministro

Ministro encontra-se em Nova Iorque para participar na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU).

“Não, claro que não”. João Gomes Cravinho não considera estar debilitado politicamente na sequência dos sucessivos casos de que tem sido alvo no processo “Tempestade Perfeita”.  

O ministro, em entrevista à agência Lusa, na noite de sexta-feira, em Nova Iorque, onde se encontra para participar na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), disse que ainda não teve “tempo” nem “interesse” para se informar sobre a recente notícia do jornal Público, que diz que Gomes Cravinho, na altura ministro da Defesa, teria conhecimento de um outro processo contra Alberto Coelho.

“Vou ser-lhe muito franco. Tenho estado 100% ocupado com a Assembleia Geral das Nações Unidas. (…) Vi a notícia do Público, li na diagonal porque não tive tempo e nem tive suficiente interesse ou preocupação em me dedicar ao assunto, naturalmente porque percebi que não é uma matéria, enfim, muito relevante”, disse. 

“Naturalmente, para a semana vou olhar com mais atenção e aí darei uma resposta mais completa. Mas não é matéria que me tenha ocupado minimamente durante esta semana”, acrescentou. 

Recorde-se que no mês passado, o Ministério Público (MP) acusou 73 arguidos no processo, entre os quais o ex-diretor Alberto Coelho, por corrupção passiva, branqueamento, peculato e falsificação de documento. 

A acusação pede que Alberto Coelho seja condenado a pagar ao Estado mais de 86 mil euros.