Força Aérea pode fazer dois voos para ‘resgatar’ portugueses

Cerca de 100 turistas e residentes, até domingo, já tinham contactado a emergência consular. Mais de 150 pessoas conseguirão regressar a Portugal.

A Força Aérea preparou, com coordenação do Ministério dos Negócios Estrangeiros, a retirada dos portugueses que se encontram em Israel ao pormenor. O i sabe que os militares estão preparados para trazer duas levas de portugueses se for necessário. Ou seja, regressará ao país em guerra. Cerca de 100 turistas e residentes, até domingo, já tinham contactado a emergência consular.

Por questões de segurança, os detalhes da operação de resgate não foram divulgados. No entanto, o i teve a informação que um avião da Força Aérea (FAP) partiu no início da tarde de ontem para o Chipre, onde reabasteceu, seguindo posteriormente para Israel, onde aterrou pelas 22h. A primeira leva de portugueses foi levada para o Chipre onde já os aguardava um avião da TAP que seguiu para Lisboa, e aterrará, se não houver alteração de planos, no aeroporto de Figo Maduro, hoje de manhã.

Desde o início da “Operação Tempestade Al-Aqsa”, lançada pelo Hamas, num festival de música trance perto do kibutz de Re’im, no deserto, participantes foram feitos reféns, outros estão por localizar e pelo menos 260 foram mesmo mortos. Por outro lado, o porta-voz da brigada Qassam do Hamas, Abu Obeida, afirmou à Al Jazeera que qualquer ataque a civis inocentes sem aviso resultaria na execução de reféns que têm sob custódia. Tal acontece enquanto Israel anuncia um bloqueio total à Faixa de Gaza, que está sob o controlo do grupo islâmico Hamas. Além disso, o ministro das Infraestruturas, Energia e Água de Israel, Israel Katz, também ordenou o corte imediato do fornecimento de água de Israel à Faixa de Gaza. Isso soma-se ao corte de eletricidade e combustível que já havia sido implementado no dia anterior (domingo).

Pela Europa as opiniões dividem-se. Nas ruas uns defendem Israel, outros a Palestina. Por exemplo, na noite de sábado, a polícia de Berlim teve de intervir para dispersar um grupo de pessoas que se reuniram no distrito de Neukölln para celebrar o massacre de centenas de israelitas cometido pelo Hamas. Os participantes exibiram bandeiras da Palestina, entoaram cânticos contra Israel e distribuíram doces. A área em que ocorreu a manifestação, a via Sonnenallee, é conhecida por abrigar uma significativa comunidade muçulmana.

Em Londres, surgiram vídeos de pessoas visivelmente contentes com o ataque de sábado a Israel, sendo que o Governo britânico considera que tal “glorifica as atividades terroristas do Hamas”.