Militar da GNR que agrediu comandante, multado em 4.500 euros

O tribunal imputou-lhe um crime de ofensas à integridade física.

O tribunal de Braga condenou, esta terça-feira, um militar da GNR a uma multa de 4.500 euros. O guarda em julho de 2020 agrediu a socos e pontapés o seu comandante direto, no parque de estacionamento de um ginásio, naquela cidade.

O arguido, de 46 anos, foi condenado ao pagamento de uma indemnização de 2.000 euros, por danos morais.

O tribunal imputou-lhe um crime de ofensas à integridade física.

Na altura dos factos, o arguido e a vítima estavam colocados no Posto da GNR de Prado, no concelho de Vila Verde, e terão tido um desentendimento por causa de uma escala de serviço .

No dia dos factos, o arguido terá agredido, no parque de estacionamento de um ginásio em Braga, a vítima, agarrado-o pelo pescoço, atirando-o para o chão várias vezes e desferindo-lhe socos e pontapés em várias partes do corpo. As agressões só cessaram graças à intervenção da mulher do arguido.

Em julgamento, o militar de 46 anos começou por negas as agressões, alegando que apenas se limitou a defender-se de uma eventual agressão por parte do seu comandante. Mais tarde, acabou por admitir que lhe deu um encontrão e dois pontapés.

No entanto, o tribunal não deu como provada a alegada agressão por parte do comandante e condenou o arguido, considerando que agiu com uma elevada taxa de ilicitude e com dolo direto.

A favor do arguido, a juiz considerou a ausência de antecedentes criminais e a inserção social e profissional do arguido.

Tudo ponderado, condenou-o a 300 dias de multa, à taxa diária de 15 euros.