Num comunicado enviado às redações, esta quinta-feira, a Câmara Municipal de Lisboa (CML) anunciou que o valor da despesa com as Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ) ficou 1 milhão de euros abaixo do previsto no orçamento global inicial, 35 milhões.
Além do mais, a CML avança que do “montante global, 34 milhões de euros, cerca de 23,9 milhões de euros são investimento que fica para o futuro da cidade”, nomeadamente o “parque Tejo, a ponte ciclo pedonal sobre o Rio Trancão, os equipamentos do Regimento de Sapadores de Bombeiros, Polícia Municipal e Proteção Civil e as Obras no espaço público”.
A Câmara explica ainda que todos os processos, “apesar de a lei expressamente o dispensar” foram consultados preliminarmente para identificar fornecedores e aferir valores de mercado.
“De igual forma, a dispensa de fiscalização prévia De igual forma, a dispensa de fiscalização prévia do Tribunal de Contas não significou ausência de fiscalização por parte desse Tribunal. A informação relativa a todos os procedimentos da JMJ foi enviada para o Tribunal de Contas no decorrer do processo, para efeitos de fiscalização concomitante”, acrescenta.
Relativamente ao retorno para “Lisboa e para o país”, a CML informa que ainda vai ser aferido “pelo promotor do evento, a Fundação Jornada Mundial da Juventude”.
Porém, durante o evento houve na redes sociais “mais de 234 mil menções por dia à JMJ […] 8 mil notícias na internet e 7 mil notícias em dezenas de televisões de todo o mundo” e uma cobertura de “236 horas” realizada pela RTP para “cinco continentes, mostrando ao mundo a capacidade e a competência de Lisboa na organização de grandes eventos”.
Relativamente ao turismo, a Câmara sublinha que no mês de julho Lisboa cresceu em “22,3% em número de hóspedes, 19,4% em número de dormidas e 35,0% em proveitos globaus face ao período homólogo de 2020”.
“No Infogest de Agosto, as variações são todas positivas face a Julho, tendo-se atingido o maior valor de sempre em valor médio por quarto vendido. Estas variações são de 11% a 18% consoante a categoria do quarto, 3, 4 ou 5 estrelas e de 13,4% no agregado, face ao período homólogo de 2022”, lê-se no comunicado da CML.
A CML defende que o evento deixou “uma marca única na cidade” com “uma paisagem renovada, aberta ao usufruto de todos”, referindo-se ao “parque verde urbano com ponte sobre o Rio Trancão” que agora é “um espaço adequado e com capacidade para acolher a realização de grandes eventos”.
“Lisboa deu o exemplo e foi exemplar. E provou que, quando todos juntos trabalhamos para um mesmo objetivo, o resultado é extraordinário e digno de destaque”, afirmou a CML.