O Sindicato Nacional dos Enfermeiros (SNE) anunciou este sábado a convocação de uma greve às horas extraordinárias entre 30 de outubro e 25 de novembro. A paralisação é no continente e o objetivo é que o Governo corrija a “estagnação salarial” destes profissionais.
O SNE indica que “a presente luta dos trabalhadores enfermeiros visa fazer com que o Governo da República, tal como fizeram os Governos da Região Autónoma dos Açores e da Madeira, corrija as inversões remuneratórias decorrentes da legislação aprovada em 2022 sobre a contabilização dos anos de exercício profissional”. Trata-se de “uma injustiça agravada com o impacto no valor pago pelo trabalho suplementar”, acrescenta o sindicato em comunicado.
“Sem a prestação de trabalho suplementar por parte dos enfermeiros, que na maior parte das situações nem é pago aos mesmos, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) não seria tão resiliente, nem manteria o nível de segurança e qualidade de nível elevado”, lê-se ainda no comunicado.
Os enfermeiros nunca tiveram um Acordo Coletivo de Trabalho Global, “ao contrário das restantes carreiras especiais da saúde da Administração Pública que detêm o mesmo grau de complexidade funcional máximo (grau 3)” e as reivindicações do SNE incidem no “início do processo de revisão da carreira e tabela salarial (…) , corrigindo a estagnação salarial dos enfermeiros nos últimos nove anos”.