Esta segunda-feira, o Governo do Egito ordenou que hospitais de várias províncias, a norte do país, sejam colocados em alerta “para qualquer emergência médica” que possa ocorrer em relação à crise humanitária na Faixa de Gaza.
Num comunicado, Husam Abdelghafar, porta-voz do Ministério da Saúde Egípcio, informou que a ordem foi dada aos hospitais de Sinai do norte, o mais próximo da passagem de fronteira de Rafah, Suez, Ismaília, Porto Said, Damietta, Sharkia, Cairo e Gizé, todos no noroeste do país árabe.
Além do mais o ministro com a tutela da saúde, manteve uma reunião com autoridades de saúde de todas as estas regiões para acompanhar a situação do sistema de saúde nestas áreas, sendo que poderão enfrentar uma possível crise diante da situação em gaza.
Husam explicou que o plano inclui ainda o envio de uma série de clinicas móveis para atender alguns casos e aliviar pressão sobre os hospitais e “também está ser estudado um plano para os serviços de ambulância atenderem qualquer caso”.
O plano em questão, para uma hipotética emergência, passa pela prestação de serviços terapêuticos, em cirurgias especializadas ou no tratamento de lesões complexas, fraturas, queimaduras e casos médicos críticos, além da vigilância de doenças crónicas, serviços preventivos e o fornecimento de vacinas e soros necessários.
A passagem de Rafah é a única saída da Faixa de Gaza que não está nas mãos de Israel, que há mais de uma semana bombardeia o território onde vivem 2,2 milhões de pessoas em retaliação ao ataque terrorista do Hamas em Israel no dia 7 de outubro.
Cerca de 2750 pessoas já morreram e mais de 9.700 outras ficaram feridas nos ataques israelitas na Faixa de Gaza. Em Israel, morreram mais de 1400 pessoas nos ataques realizados pelo Hamas.
A ONU calcula que a guerra entre Israel e o Hamas provocou mais de um milhão de deslocados na Faixa de Gaza desde 7 de outubro.