O Execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) está atrasada. Quem o diz é Marcelo Rebelo de Sousa, aos jornalistas, esta quinta-feira.
“O Orçamento está a correr bem, a execução do PRR não tão bem como eu queria”, disse o Presidente da República afirmou hoje que, na Câmara de Saint-Gilles, na região de Bruxelas, no fim da sua visita de Estado à Bélgica.
“O ministro das Finanças [Fernando Medina] é muito discreto, conduziu a preparação deste Orçamento de forma a surpreender em termos das disponibilidades existentes, e agora tirou proveito dessas disponibilidades, ou pode tirar, para momentos complicados ou críticos”, disse Marcelo.
“Mas eu tanto digo isso como digo, continuo a dizer, que o PRR está atrasado. E que esse é um problema complicado. É que olhamos para os números e há metade do dinheiro já disponibilizado que está no terreno”, acrescentou.
Quando perguntado sobre quem responsabiliza nessa matéria, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que “o sistema de gestão mudou várias vezes” de governante para governante e que “depois há uma parte que não depende do Governo, que é a passagem para as CCDR (Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional), o poder local, e a máquina administrativa a fazer avançar os projetos”.