O ministro das Infraestruturas defendeu esta quinta-feira, na Assembleia da República, que a reprivatização da TAP é uma decisão pelo país, pela economia e pela soberania nacional.
“Ao contrário do que consta no próprio requerimento do PCP, a decisão de reprivatização da TAP é mesmo uma decisão pelo país, pela economia do país, pela soberania nacional face à posição estratégica da companhia aérea”, defendeu João Galamba na comissão parlamentar de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação.
O governante foi ao Parlamento falar sobre o anúncio da privatização da TAP após requerimento de caráter obrigatório do PCP, que considera que a venda do capital maioritário da companhia aérea “um crime contra a economia do país e contra a soberania nacional”.
O ministro das Infraestruturas disse ser falsa a ideia de que a injeção estatal de 3.200 milhões de euros na companhia aérea esteja relacionada com o aumento da participação pública acordada em 2016, quando o Governo PS reverteu parcialmente a privatização levada a cabo pelo executivo PSD/CDS-PP.
“Este Governo não teve em qualquer momento qualquer fixação pela nacionalização da empresa”, salientou Galamba, acrescentando que “mesmo que a TAP fosse 100% privada em 2020, teria na mesma de ser resgatada pelo Estado”, porque os acionistas privados não tinham capital para investir na empresa.
O ministro afirmou ainda que o verdadeiro valor da TAP sairá reforçado com a escolha da localização do novo aeroporto.