STOP anuncia greve de duas semanas em todo o país já para o próximo mês

O sindicato também anunciou uma manifestação nacional em Lisboa, no dia 18 de outubro.

Está convocada, pelo Sindicato de Todos os Profissionais de Educação (STOP), uma greve de duas semanas, de docentes e não docentes, entre 13 e 19 de novembro. O sindicato também anunciou uma manifestação nacional, em Lisboa, no dia 18 de outubro.

O anúncio foi feito, este sábado, em Coimbra, pelo presidente do sindicato, André Pestana, que considerou necessário que o Governo perceba que os profissionais da educação “não desistem de lutar por uma escola pública de excelência para todos os alunos, independentemente de serem filhos de ricos ou de pobres”.

“Num ano de crescimento económico e receita fiscal extra de mais de dois mil milhões de euros, não podemos continuar com dezenas de milhar de alunos com falta de professores, psicólogos, terapeutas, assistentes operacionais e com profissionais de educação desconsiderados, exaustos e roubados nos seus direitos”, sublinhou o dirigente sindical numa conferência de imprensa.

André Pestana explico que, a atual proposta do Orçamento de Estado (OE) para 2024, “não investe, efetivamente, na escola pública, nem na dignificação de todos os que lá trabalham e estudam”.

“Queremos alertar os pais e a sociedade em geral que, se nada for feito, o próximo OE irá aprofundar a degradação da escola pública e a qualidade de ensino dos nossos filhos, comprometendo de forma irreversível o seu futuro”, salientou.

O presidente do STOP avançou que, a decisão de avançar com um “novembro de luta”, no mês de discussão do OE, foi tomada na quinta-feira passada, à noite, numa reunião online, por mais de 100 comissões sindicais e de greve.

A greve nacional de 13 a 29 de novembro será organizada em cada escola e agrupamento, como no ano letivo anterior, através dos fundos de greve, “que são 100% legais, com total autonomia e decisão democrática dos docentes e não docentes de cada estabelecimento”.

O último dia coincide com a data da votação final do OE 2024 na Assembleia da República, para pressionar que o documento “reflita, de facto, as necessidades que a escola pública tem e que não estão refletidas”.

A manifestação nacional de 18 de novembro vai realizar-se do Ministério da Educação até à Assembleia da República.