Esta segunda-feira, a Inspeção Geral das Atividades em Saúde (IGAS) abriu um processo de investigação ao caso das gémeas que vivem no Brasil e que receberam um tratamento de quatro milhões de euros no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
Numa resposta escrita, enviada à agência Lusa, a IGAS informa que “abriu um processo de inspeção sobre o processo de prestação de cuidados de saúde às duas crianças para verificar se foram cumpridas todas as normas aplicáveis a este caso concreto”.
Esta segunda-feira, o Inspetor-Geral, António Carpeto, reuniu-se com o Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, que integra os hospitais Santa Maria e Pulido Valente, “para que este órgão o informe sobre as medidas internas já adotadas e comunicar a ação inspetiva da IGAS”.
Em causa está uma reportagem transmitida, esta sexta-feira, pela TVI, segundo o qual duas gémeas luso-brasileiras vieram a Portugal, em 2019, receber o medicamento Zolgensma, um dos mais caros do mundo, para a atrofia muscular espinhal, que totalizou no conjunto quatro milhões de euros.
Segundo a TVI, há suspeitas de que isso tenha acontecido por influência do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que já negou qualquer interferência no caso.