Com o objetivo de “alertar para os graves problemas que as políticas de habitação estão a causar” no país, a Juventude Popular (JP) decidiu inaugurar um outdoor junto ao Polo Universitário do Porto, no qual se lê: “Não podemos continuar mais tempo em casa dos pais”.
A JP, segundo salienta Francisco Camacho, líder desta juventude partidária, procurou com este outdoor chamar a atenção para o problema da habitação, onde, “em média, só aos 30 anos, os jovens portugueses conseguem deixar o teto em que cresceram”.
“Em Portugal, o cenário para a saída de casa dos pais é aterrador” salientou o líder partidário, exemplificando que “a maioria daqueles que entram agora no ensino superior têm este destino comum pela frente: mais doze anos até saírem definitivamente da casa da família”.
“A habitação é possivelmente o maior problema com que as novas gerações se defrontam hoje. Emigrar ou deixar de estudar têm de deixar de ser as alternativas dos jovens portugueses”, sustentou o Francisco Camacho numa nota enviada às redações.
O jovem centrista não pode deixar de apontar que, em matérias de políticas de habitação, o Partido Socialista (PS) tem tido “erros sucessivos” e que o CDS e a JP têm uma “visão muito diferente” de como abordar o problema.
“É na habitação que começa o nosso presente, é na habitação que construímos o nosso futuro, é na habitação que podemos ter um lastro de liberdade. Temos de conseguir fazer escolhas livres na profissão, na família, no trabalho, nos rendimentos, nas nossas opções culturais, lúdicas e recreativas. E não é, de todo, nesta visão da esquerda dogmática, que não colabora com o setor social e privado para construir nova habitação, em que nos revimos. Esta é uma causa que é de todos e para todos”, rematou o líder da JP.
Esteve presente na inauguração deste outdoor o líder do CDS, Nuno Melo, que teceu críticas ao programa Mais Habitação e ao Governo, defendendo que “esta política de habitação ruinosa e altamente ideológica é umas das principais demonstrações do falhanço da governação do Partido Socialista”.
“Enquanto Líder do CDS, solicitei a intervenção da Comissão Europeia no âmbito do programa Mais habitação quando o Estado português – o maior proprietário de casas no país, que não coloca no mercado o que é seu – decidiu dispor do que é dos outros, numa loucura estatizante típica dos regimes totalitários e que vai contra o Estado de Direito, a Constituição e a Carta dos Direitos Fundamentais da UE” afirmou o líder centrista.