Vão reunir-se, entre terça-feira e quarta-feira, em Tóquio, os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 de modo a enviar uma mensagem comum sobre o conflito entre Israel e Palestina e para reafirmar a continuidade da ajuda à Ucrânia.
O encontro, que deverá abordar os desenvolvimentos mais recentes do conflito entre Israel e o grupo islamita Hamas, irá juntar os ministros dos Negócios Estrangeiros do Grupo dos Sete países mais industrializados do Mundo (Alemanha, Canadá, Estados Unidos da América, França, Itália, Japão, Reino Unido) e o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell.
Conforme afirmou o porta- voz do executivo japonês, Hirokazu Matsuno, numa conferência de imprensa realizada na segunda-feira, em Tóquio, o principal objetivo da atual presidência japonesa do G7 é, que desta reunião, saia uma “mensagem unificada, que ajude a acalmar a situação no Médio Oriente”.
O Japão defende a aplicação de uma “pausa humanitária” de modo a permitir a entrada de ajuda na Faixa de Gaza e facilitar as operações de resgate de reféns, sendo que é a posição que a ministra dos Negócios Estrangeiros japonesa, Yoko Kamikawa, transmitiu ao Governo israelita durante uma visita a Telavive no fim de semana passado.
O Japão é um país que mantém relações tradicionalmente amistosas, tanto com Israel como com os países árabes do Médio Oriente, sendo que é altamente depende das importações de petróleo.
De acordo com fontes da agência espanhola, Efe, espera-se que da reunião do G7 em Tóquio saía uma declaração conjunta, que possa contribuir para acalmar a situação e, ao mesmo tempo, ajustar as diferentes sensibilidades entre os países do grupo.
A guerra na Ucrânia será outro dos principais pontos da agenda dos ministros dos Negócios Estrangeiros do G7, que apelarão a que “não se esqueça” o conflito, que ficou em segundo plano devido à escalada das hostilidades no Médio Oriente.
Os países do G7 já se comprometeram a prestar ajuda à Ucrânia “durante o tempo que for necessário” e “por todos os meios possíveis”, durante a cimeira de líderes realizada em maio passado na cidade japonesa de Hiroshima.
Agora, querem revalidar a mensagem face à estagnação do conflito e aos debates internos que decorrem em alguns dos países sobre a continuidade da ajuda a Kiev.