UE apela a produção de munições para Kiev

Josep Borrell explicou que os Exércitos da UE já cumpriram a primeira fase do plano para fornecer à Ucrânia um milhão de obuses e mísseis em doze meses e enviaram até agora 300 mil munições.

Esta terça-feira, o alto representante da União Europeia (UE) para a Política Externa, Josep Borrell, apelou aos Estado-membros para assinarem contratos com Kiev, de modo a se atingir a produção de um milhão de munições destinadas à Ucrânia.

Em declarações aos jornalistas, antes da reunião dos ministros da Defesa da UE, onde se vai analisar o apoio militar à Ucrânia, que ascende aos 27 milhões de euros, o alto representante explicou que “não existe falta de capacidade de produção, mas o produto é enviado para outros mercados. Sendo assim, o que temos de tentar fazer é mudar a produção para a prioridade principal, que são os ucranianos”.

Josep Borrel acrescentou que “as empresas estão nos mercados e produzem para os mercados” sublinhando que “a questão é proporcionar outro mercado que possa ser mais interessante”. Atualmente, de acordo com Borrel, 40% da produção da indústria militar da UE está a ser exportada para outros países.

Borrell explicou também que os exércitos da UE já cumpriram a primeira fase do plano para fornecer à Ucrânia um milhão de obuses e mísseis em doze meses e enviaram até agora 300 mil munições.

A seguinte fase do plano, que os países da UE vão enfrentar agora, depende dos contratos que estes assinaram conjuntamente com a indústria, a fim de otimizarem os recursos.

“Os contratos dependem da partilha e da viabilidade financeira dos Estados membros. É uma interação entre a indústria e os Estados membros. Isto está a ser trabalhado, mas gostaríamos de saber onde estamos e qual pode ser o ritmo da produção”, afirmou Borrell.

Esta terça-feira, o alto representante vai também apresentar aos ministros da Defesa uma análise dos planos de desenvolvimento das capacidades de cada Exército do bloco europeu, descrevendo em pormenor os “pontos fracos” e “a forma de os resolver investindo mais em áreas prioritárias”.