Pedro Nuno Santos, candidato à liderança dos socialistas, afirmou esta terça-feira que recebeu a notícia da Operação Influencer “com preocupação” e que as investigações, apesar de não querer “impor prazos” à justiça, devem estar concluídas “o quanto antes”.
“E continuo com o mesmo nível de preocupação. Mas acho sinceramente que devemos respeitar o tempo da justiça e que devemos respeitar a presunção de inocência de todos os envolvidos”, disse ainda Nuno Santos, numa entrevista à TVI.
Com a confiança dos portugueses no PS tremida, o socialista afirmou que a interrupção da legislatura não se deve à “situação económica e social” nem a um “descontentamento generalizado” da população.
“Ao fim destes oito anos, há marcas muito importantes. Temos muitos problemas por resolver. Mas não podemos ignorar que foram anos em que se criaram mais de 600 mil postos de trabalho e a economia portuguesa cresceu acima da média europeia. António Costa deixa um legado muito importante para o país”, rematou. “O PS tem sido o garante de estabilidade, de política económica e social”.
Pedro Nuno Santos considera que “apesar de estarem a subir acima da inflação”, “a verdade é que ainda temos um país com salários baixos”, bem como os “problemas nos serviços públicos” que precisam de uma reforma.
O socialista afirmou ainda que a Gerigonça “foi um sucesso” e que os portugueses têm dela “uma memória boa, por oposição à memória da troika”, e acrescentou: “Nós não fechamos portas e critico quando se aparenta fechar portas”.
Já sobre o Chega, Pedro Nuno Santos diz: “O Chega não é um problema do PS. O que sabemos para além das palavras do líder do PSD é do acordo que o PSD fez nos Açores com vários partidos entre os quais o Chega”, acrescentando que, para que o Chega seja derrotado, “só há um voto que é no PS”.