Esta terça-feira, o presidente da Turquia, Racep Tayyip Erdogan, alertou para que não se ignore o arsenal nuclear de Israel pois, “é uma questão sobre a qual não se pode e estar calado”, assegurando que irá trabalhar para manter este tema na agenda internacional.
O chefe de Estado turco afirmou que vai trabalhar para manter as questões à cerca do arsenal nuclear israelita na agenda internacional, nomeadamente, após as afirmações de um ministro israelita, que disse que ataque nuclear a Gaza era uma “possibilidade”.
Citado pelo jornal diário turco “Hurriyet”, Erdogan aponta que “Israel admite e confessa abertamente que possui armas nucleares, mas nem o Conselho de Segurança das Nações Unidas nem a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) abrem uma investigação.
“Aqueles que não se pronunciam hoje contra Israel não podem criticar outros países” afirmou o presidente turco, atacando de seguida os Estados Unidos da América, afirmando não se surpreender com o apoio “às mentiras de Israel por parte daqueles que ocuparam o Iraque sob o pretexto da existência de armas nucleares e químicas”.
Erdogan denunciou, mais uma vez, a “brutalidade total” do exército israelita na sua ofensiva contra a Faixa de Gaza, afirmando ser “uma barbaridade equivalente à que foi vivida durante a ocupação nas cruzadas, há mil anos, e na Segunda Guerra Mundial, há 80 anos”.
O chefe de Estado turco acusou Telavive por “terrorismo de Estado” em Gaza e sublinhou que Netanyahu está a tentar recuperar a sua popularidade no país “bombardeando locais de culto, escolas e hospitais”.
“Os hospitais, em particular, tornaram-se um símbolo da brutalidade de Israel. Quase todos os hospitais que operam em Gaza foram destruídos, danificados ou tornados inutilizáveis”, concluiu.