Investimento na proteção dos incêndios rurais “aumentou 11 vezes”

Segundo o primeiro-ministro, esta mudança tem-se traduzido em resultados concretos, tendo todas as metas, fixadas no plano nacional de gestão integrada de fogos rurais, sido “largamente superadas”.

Esta quarta-feira, o primeiro-ministro, António Costa, defendeu que, o investimento nos meios de prevenção aos incêndios rurais aumentou 11 vezes nos mandatos dos seus governos, sendo mais de metade do montante gasto anualmente no combate aos incêndios.

À margem da apresentação dos primeiros quatro meios aéreos, da frota do Estado, para apoio ao combate de incêndios rurais, adquiridos no âmbito do Programa de Recuperação e Resiliência, o primeiro-ministro defendeu que se passou de um investimento de “28 milhões para 328 milhões [de euros] por ano na prevenção de incêndios”.

O governante explicou também que esse valor corresponde a 61% do investimento anual no combate aos incêndios e que, “em matéria de prevenção, aumentámos 11 vezes aquilo que são verbas dedicadas”.  

António Costa chegou ao Aeródromo de Manobra nº1, em Ovar, no distrito de Aveiro, num avião da Força Aérea, acompanhado pela ministra da Defesa, Helena Carreiras, onde abordou uma mudança de paradigma na forma como o país passou a encarar a gestão integrada dos fogos rurais, privilegiando a prevenção, sem descurara a necessidade de capacitação para o combate.

Segundo o primeiro-ministro, esta mudança tem-se traduzido em resultados concretos, tendo todas as metas, fixadas no plano nacional de gestão integrada de fogos rurais, sido “largamente superadas”.

O chefe do executivo considerou também, que a decisão de atribuir à Força Aérea, esta nova missão de assegurar o planeamento, a gestão e a operação da ação aérea de combate aos incêndios florestais, uma “mais-valia da maior importância” sendo que a Força Aérea, como as Forças Armadas “asseguram a capacidade de planeamento de comando e controlo absolutamente imprescindível para o sucesso e a eficiência numa operação desta dimensão”.

O chefe do Estado Maior da Força Aérea, Cartaxo Alves, realçou, na mesma ocasião, a importância da atribuição desta responsabilidade à Força Aérea, pois “marca o início da construção da capacidade própria do Estado naquele que era um desígnio nacional sufragado pelos portugueses no domínio do combate aéreo aos incêndios rurais.”.

No total, está prevista a aquisição de 11 helicópteros até 2025, num investimento que ronda os 70 milhões de euros exclusivamente do PRR, tendo sido hoje apresentadas as primeiras quatro aeronaves entregues à Força Aérea: dois helicópteros médios Black Hawk e dois helicópteros ligeiros Koala.

“Estamos convictos de que estamos perante aeronaves capazes de, ao serviço da Força Aérea, cumprir uma missão tão exigente e um risco tão elevado como é a de combate aos incêndios rurais”, afirmou o chefe do Estado Maior da Força Aérea.

Nos próximos anos serão entregues mais quatro Black Hawk, dois em 2024 e outros dois em 2025, e ainda este ano será lançado mais um procedimento concursal para a aquisição de mais três helicópteros bombardeiros médios, que contam receber até 2026.