Este sábado, o Ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, agradeceu ao Egito o apoio na retirada de Portugueses, que se encontravam em Gaza desde o início do conflito com Israel e a mediação para criar condições para o cessar-fogo, que cumpre o segundo dia este sábado.
Em declarações à agência Lusa, o governante, após um encontro com o seu homólogo egípcio, Sameh Shoukry, no Cairo, esclareceu que “o papel do Egito é fundamental e central [relativamente ao conflito na Faixa de Gaza]. Tive oportunidade de agradecer ao meu colega egípcio pelo apoio que deram na retirada de portugueses de Gaza”.
No passado dia 17, oito cidadãos, sinalizados pelas autoridades portuguesas, saíram de Gaza, enquanto uma menor, cuja mãe e irmão morreram num ataque, foi retirada do enclave na semana passada e levada para Portugal.
De acordo com o ministério dos Negócios Estrangeiros, a saída dos cidadãos foi “”uma operação complexa levada a cabo pelas autoridades egípcias, em articulação com as autoridades israelitas, coadjuvadas por uma equipa portuguesa que se deslocou à fronteira para auxiliar na retirada”.
Porém, João Gomes Cravinho apontou a liderança que o Egito “tem mostrado, juntamente com o Qatar na criação de condições para que tenhamos agora este cessar-fogo temporário, que esperamos que se possa vir a transformar num cessar-fogo permanente”.
Um cessar-fogo permanente permitirá “trabalhar nas dimensões políticas” para negociar o fim do conflito entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas e para fazer chegar a ajuda humanitária à população em Gaza.