No passado sábado, à margem do 41º Congresso do Partido Social Democrata (PSD), a antiga líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, alertou que Portugal “não está em tempos de radicalismo” e que precisa de moderação, manifestando solidariedade para com o presidente do partido, Luís Montenegro.
À chegada ao Congresso do PSD, que decorreu ontem em Almada, no distrito de Setúbal, a antiga ministra das finanças alertou para uma “situação muito complexa” que se vive no país, mas também “ao nível da Europa”, considerando o que “aconteceu há das na Holanda”, com a vitória da extrema-direita nesse país.
Manuela Ferreira Leite explicou, em declarações aos jornalistas, que “portanto, não podemos desprezar os sinais que nos são dados e os sinais que nos são dados é que não estamos em tempos de radicalismos, mas estamos em tempos de moderação, porque é da moderação que pode vir a colaboração de todos e o que é necessário para desenvolver este país”.
Quando interrogada relativamente a uma possível coligação pré-eleitoral, para as eleições legislativas antecipadas, em março, a antiga líder social-democrata defendeu que: “Não sei se era uma mais-valia, era possível, e acho que era útil, mas se não for possível e não for útil é uma decisão do partido”.
Relativamente ao ao futuro do partido, na eventualidade de perder as eleições legislativas, Ferreira Leite afirmou que “nada é decisivo para o PSD, nem o PSD pode algum dia ser eliminado” já que, disse, “tem a sua identidade própria a sua história, tem o seu futuro”.
“O que vai acontecer e o resultado das eleições é o que os portugueses e os eleitores decidirem. O futuro e a vida do PSD não se altera em resultado de umas únicas eleições. Se as pessoas entenderem que as suas opções são outras, eu digo apenas olhem para o que se está a passar à roda do mundo e vejam se é isso que querem”, afirmou.