O presidente executivo da TAP afirmou este sábado que os operadores estrangeiros potenciais candidatos à privatização da companhia mantêm todo o interesse no processo, apesar do adiamento de decisões estratégicas pela crise política.
“O interesse para os operadores estrangeiros continua lá todo. Ainda ontem [sexta-feira] falei com um deles que me disse: ‘nós temos todo o interesse, percebemos que isto é um processo político que tem o seu caminho, não é por causa disso. E portanto, vocês estão a fazer um bom trabalho, os resultados estão à vista, continuem’”, contou Luís Rodrigues no 48.º Congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT).
“É condicionador, mas isso reflete-se no preço. Qualquer operador que queira comprar vai dizer assim: se existisse uma estrutura aeroportuária, livre, e com margem de crescimento ou uma nova a partir de amanhã, o valor que eu ia pagar era pela companhia era este porque o processo de crescimento era um; não sendo o caso, isso vai-se refletindo naquilo que é possível prever”, respondeu Luís Rodrigues sobre se poderá ser um constrangimento não haver uma decisão sobre o novo aeroporto quando houver privatização.
De acordo com o responsável, o Estado poderá ter de vender a TAP por um valor mais baixo do que aconteceria se existisse um plano estratégico para os aeroportos nacionais definido.
O CEO da TAP falava no 48.º Congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), que hoje termina no Porto, e que tem como tema “Inteligência Artificial, a Revolução do Século XXI”.