“PS coloca ideologia à frente do ensino dos jovens”, diz CDS

“O CDS alertou para não nos deixarmos embalar pelo facilitismo, pois, da melhoria dos indicadores de transição de ano escolar, não podemos intuir a existência de melhoria do conhecimento”, considera Nuno Melo, Presidente do partido.

O CDS considera que os resultados do relatório PISA 2022 (Programme for International Student Assessmen), que foram conhecidos esta semana, “colocam na ordem do dia o descalabro das Políticas Educativas instaladas em Portugal, desde o ano letivo de 2015/2016”.  

“São anos de instabilidade e deterioração do sistema educativo, sendo a educação um dos principais pilares da Sociedade, no qual o progresso e bem-estar dos alunos e professores devem ser prioridade”, diz o partido, num comunicado, enviado às redações.  

 “Portugal teve, nos últimos 8 anos, responsáveis na educação que puseram a ideologia à frente do ensino. O Ministério da Educação publicou relatórios do IAVE que dizia que a aprendizagem dos alunos portugueses não tinha piorado durante a pandemia, um caso único no mundo. Agora, a verdadeira realidade veio ao de cima: a política de educação do Partido Socialista foi um falhanço total e o desnorte completo instalou-se no Sistema Educativo. O primeiro sinal de que a exigência, o rigor, o trabalho e a excelência eram valores a arredar do Sistema Educativo veio da Geringonça, no Parlamento, ao aprovarem o fim dos exames nos 4.º e 6.º anos”, pode ler-se na nota.  

O partido considera ainda que, “na ânsia de se aumentar a taxa de sucesso como bandeiras da Educação Socialista”, a exigência foi caindo para “um mínimo inaceitável e quebraram-se as importantíssimas séries estatísticas, com anos de existência, recolhidas através das provas de aferição em matemática e português”. 

“O CDS alertou para não nos deixarmos embalar pelo facilitismo, pois, da melhoria dos indicadores de transição de ano escolar, não podemos intuir a existência de melhoria do conhecimento”, considera Nuno Melo, Presidente do partido. E acrescenta: “importa haver qualidade das aprendizagens, alicerçadas no rigor e exigência. Os estudos são o mais importante elevador social dos jovens. O PS criou, assim, todas as condições para que as desigualdades sociais no futuro se agravem ainda mais”. 

“É de melhoria do conhecimento que o país precisa para que tenhamos cada vez mais cidadãos detentores de espírito crítico, com percursos académicos mais longos sustentados no saber, preparando-se para serem profissionalmente mais produtivos. Esta quebra indica que o futuro dos nossos filhos e netos estão a ter o seu futuro altamente prejudicado”, afirma ainda o Eurodeputado. 

O CDS-PP , na mesma nota, lamenta que “sejam necessários os resultados do PISA 2022 para perceção da dimensão da ruína em que está Portugal. Nota-se uma paragem na trajetória evolutiva de resultados obtidos desde o início da participação do mesmo partido no PISA 2015, com uma grave falta de crescimento”.