O primeiro-ministro polaco perdeu esta segunda-feira um voto de confiança no parlamento do país. O seu partido conservador nacionalista, Lei e Justiça (PiS), venceu as legislativas de 15 de outubro, mas sem a maioria dos deputados.
A rejeição da câmara baixa do parlamento polaco (Sejm) a Mateusz Morawiecki abre caminho à segunda etapa constitucional, na qual um grupo de pelo menos 46 deputados pode apresentar um novo candidato a primeiro-ministro.
Após as eleições de 15 de outubro, três partidos da oposição polaca anunciaram uma aliança para constituir Governo, uma iniciativa liderada pela Plataforma Cívica (PO), do antigo primeiro-ministro e ex-presidente do Conselho Europeu, que deverá ser o nome indicado para chefiar o executivo.
Donald Tusk assinou acordos com as coligações Terceira Via e A Esquerda, devendo conseguir pouco menos de 250 votos. Tusk discursa na terça-feira – quando também enfrentará uma votação pelo parlamento – e se o previsível ocorrer, o líder da PO regressará ao cargo de primeiro-ministro após mais de nove anos.
Tusk apresentou os membros do futuro gabinete na sexta-feira, prometendo que vai trabalhar para desbloquear os 35 mil milhões de euros da União Europeia (UE) para a recuperação pós-pandemia e os 76,5 mil milhões de euros de fundos para desenvolvimento.
Os apoios de Bruxelas foram congelados devido às reformas no sistema judicial promovidas pelo Governo do PiS.