O género é um terrorismo social e ideológico?

Recentemente em Portugal o símbolo oficial do Estado foi desmantelado pelos socialistas e expurgado de todo o seu significado identitário, histórico e simbólico.

A juventude socialista congratulou-se com o transsexual que representou as mulheres portuguesas no concurso de miss universo. Diz-nos que ele “representa o melhor de Portugal” e que é “uma mulher que leva às costas um país”. Um transsexual é um ser humano como outro qualquer, com os mesmos direitos, deveres e dignidade, mas o que somos, não depende apenas do que sentimos que somos.

Nas escolas com a nova legislação esquerdista do género, a criança Manuel que se sente Maria tem de ser chamado de Maria. O uso de casas de banho será feito de acordo com o que cada um sente que é. Os professores, os médicos, os psicólogos e até os pais têm de violar a sua consciência e saber e submeterem-se à ideologia do género estando legalmente impedidos pelo esquerdismo de ajudar jovens a consolidaram a sua identidade. Triunfa o subjectivismo, cada um é o que sente que é em cada momento e esse é o único critério de verdade e de realidade. Mas felizmente ainda há cidadãos, pais, professores, médicos e avós que se preocupam com as crianças. Circula uma petição que já conta com muitas dezenas de milhares de assinaturas contra essa legislação de inspiração activista LGBT de esquerda. A petição diz-nos: “somos radicalmente contra uma lei que permite que adolescentes e crianças a partir dos 6 anos decidam que instalações sanitárias e balneários querem usar; que escolham o género e o nome pelo qual querem ser tratados na escola, independentemente do sexo com que nasceram ou do nome que os seus pais lhes deram e que consta na sua documentação; e que obriga a que tenham um ‘responsável’ escolhido pela escola para estas questões” e principalmente: “queremos defender os nossos filhos e alunos de uma lei que consideramos abusiva e perigosa e para a qual não mandatámos nenhum Governo nem os partidos nos quais votámos”.

Não é a primeira vez na história da humanidade que uma ideologia através do Estado se intromete na vida dos cidadãos e até nas relações entre pais e filhos, professores e alunos, médicos e pacientes.

Nas recomendações para as escolas, por exemplo, num documento orientador do M.E. onde surge dezenas de vezes a palavra a maiúscula e cores LGBTI, “O Direito a ser nas Escolas”, ficamos a saber que se alguém não se dirigir à pessoa pelo nome e género gramatical indicado pela própria pessoa ou pelos seus representantes legais, não respeitar o nome auto-atribuído e alguém for incomodado por ir à casa de banho ou balneário com o qual se identifica, e se se sentir discriminada ou agredida, basta sentir, o “culpado” terá pesada sanção penal. Há um role organismos imparciais a quem pode fazer queixa como a Associação Trans e Não-Binária – Transmissão Casa Qui – Associação de Solidariedade Social ILGA Portugal – Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual, Trans e Intersexo rede ex aequo – associação de jovens lésbicas, gays, bissexuais, trans, intersexo e apoiantes.

A teoria do género chegou em força ao ensino público retirando aos pais a sua relevância na educação dos filhos, transformando os alunos em cobaias ideológicas e submetendo os professores a obedientes funcionários acríticos dessa ideologia bem presente nos programas e currículos escolares. Quem não concorda tem que promover mentiras ou será despedido. Os grandes problemas da escola, da discriminação, da desigualdade, afinal são sobre a obsessão esquerdista com o “jovem LGBTI”.

Esta teoria é principalmente promovida pelo activismo LGBT conhecida também por ideologia do género. Estranhamente estamos de tal modo condicionados que ficamos paralisados perante a brutalidade dos delírios que nos querem impor, travestidos de nova normalidade e de tolerância e igualdade.

Esta teoria pseudocientífica, baseada em aldrabices científicas e filosóficas, mas que deve ser apregoada como um dogma inquestionável é agora o pensamento obrigatório. A teoria do género conta-nos uma história baseada em sucessivas peças de ódio a nós mesmos. Destrua-se a natureza humana, a biologia, a cultura de milhares de anos, as mulheres e os homens, a família… tudo construções fascistas e opressivas. Até a heterossexualidade agora é tóxica.

As pessoas que procuram a sua identidade e sentem um conflito dilacerante entre o seu corpo e o seu psiquismo merecem respeito, apoio e cuidado e têm a mesma dignidade que qualquer outra pessoa. Outra coisa é promover uma visão do mundo absurda imposta pelos activismo e os lóbis LGBT, regra geral, dominados por pessoas que não são pais, nem mães, nem têm filhos e detestam a ideia de família, de paternidade e maternidade.

Não, o ser humano não é hibrido, nem fluido, nem indeterminado, nem somos neutros, nem o que somos depende unicamente de um acto subjectivo e tudo é uma construção social. Boa, a do activismo esquerdista LGBT, má a da biologia e da cultura de milhares de anos.

Jean-François Braunstein em La Religion Woke refere a teoria do género como o que está no coração da religião woke, Berénice Levet, em Le Crepuscule de les Idoles Progressistes, refere-se ao género como o último avatar de obsolescência do modo de ser ocidental. Camile Paglia em entrevista ao El Mundo diz-nos que o discurso da ideologia do género não é assim tão distinto da propaganda fascista da II guerra mundial, bastaria atender aos estudos do género que são mera propaganda e nada têm de disciplina académica: «Se se criam os estudos de género, ao menos que inclua o estudo da biologia, essencial mesmo quando, como alguns sustentam, é uma mera construção social. É por isso que digo que os estudos de género são mera propaganda e não uma disciplina académica. Não há diferença entre este discurso e a propaganda fascista durante a Segunda Guerra Mundial. É mentira que o género é totalmente uma construção social porque, como expliquei em ‘Sexual Personae’, trata-se principalmente de uma intersecção entre cultura e natureza».