A mesa nacional do Bloco de Esquerda (BE) aprovou, este sábado, os primeiros nomes das listas do partido às legislativas antecipadas de 10 de março. Mariana Mortágua concorrerá por Lisboa e Marisa Matias pelo Porto.
Foram aprovados, nesta reunião, realizada em Lisboa, num hotel, os primeiros nomes das listas de candidatos em dez distritos do continente e nas regiões dos Açores e Madeira, aos círculos da Europa e fora da Europa.
A coordenadora do BE, Mariana Mortágua, explicou que os restantes serão votados em janeiro.
Em conferência de imprensa, a líder bloquista avançou que o programa eleitoral do Bloco será aprovado em janeiro e defendeu que o partido quer ter mais força no parlamento, de modo a “travar a direira” e “mudar as condições da habitação e da saúde”.
“O que conta”, explica Mariana Mortágua, “é trazer respostas para os problemas da habitação, dos rendimentos, do salário”, sendo estes os objetivos a cumprir no por “toda esta gente que se junta às listas do Bloco, com toda a competência, com toda a energia, porque sabemos que vamos ter um bom resultado e que vamos ter um reforço do grupo parlamentar, mais deputadas, mais deputados, para fazer a diferença”, sustentou.
Outros objetivos centrais para o BE passam por “impedir novos aumentos de rendas”, criar “um regime de exclusividade para os profissionais do Serviço Nacional de Saúde (SNS)” e “proibir a venda de casa a não residentes”.
Quando interrogada, relativamente às eleições internas do Partido Socialista – onde se escolhe hoje o novo secretário-geral do partido – a coordenadora do BE recusou-se a comentar o assunto.
No que diz respeito a coligações ou futuros acordos de governo, Mortágua deixou claro que “antes de encontrar as soluções é preciso saber o que é que cada propõe”, nomeadamente, para “resolver o problema da habitação em Portugal” e “para resolver o problema da saúde”.
“E é com base nessas propostas que saberemos o que é que vai acontecer no futuro”, explicou a bloquista, dizendo que o “BE nunca, nunca faltou a nenhuma medida que fizesse a diferença para o país e a nenhuma solução”.
De acordo com a escolha de Marisa Matias para o Porto e não para Coimbra, Mortágua respondeu que “as listas do Porto sempre tiveram essa componente nacional de quadros destacados, dirigentes destacados do BE” dando o exemplo de Catarina Martins.
“Quisemos continuar a dar esse destaque à lista do Porto”, justificou.
Entre outros nomes, Marina Mortágua destacou também a escolha de Miguel Cardina, historiador, para encabeçar a lista do BE em Coimbra, de Anabela Rodrigues, ativista pelos direitos dos migrantes, também independente, no quarto lugar em Lisboa, e de Guadalupe Simões, enfermeira, no segundo lugar em Faro, e Rafael Henriques, médico de família, como cabeça de lista em Leiria.