Rui Moreira defende saída da AMP da gestão do Coliseu do Porto

Em causa está o recuo de sete dos 17 municípios da AMP na comparticipação de obras de reabilitação do Coliseu do Porto

O presidente da Câmara do Porto defendeu esta segunda-feira ser preferível a Área Metropolitana do Porto (AMP) deixar de ser sócia da associação que gere o Coliseu do Porto. Rui Moreira argumentou com a  falta de  “vontade política” da AMP em comparticipar as obras do equipamento.

“A contribuição que AMP tem dado aos Amigos do Coliseu é zero. Não havendo, de facto, uma vontade política, mais vale não nos incomodarmos uns aos outros”, afirmou Rui Moreira, à margem da reunião privada do executivo municipal.

Em causa está o recuo de sete dos 17 municípios da AMP na comparticipação de obras de reabilitação do Coliseu do Porto. Este apoio tinha sido aprovado por unanimidade das autarquias presentes na reunião de trabalho do Conselho Metropolitano do Porto realizada em 20 de outubro.

“Ou o senhor presidente consegue explicar a esses municípios que uma moeda tem duas faces ou então não vale a pena pensarmos em projetos metropolitanos”, referiu Rui Moreira, que acredita que o presidente da AMP, Eduardo Vítor Rodrigues, – com quem ainda não falou – deverá estar a tentar resolver o problema. 

Se não for possível o consenso no seio da AMP, o autarca assegurou que o município do Porto não vai “deixar cair o Coliseu” e que avançará com a candidatura a fundos comunitários, mas que, “se for assim, a Área Metropolitana do Porto tem de fazer o favor de deixar de ser sócia dos Amigos do Coliseu”.