As Estatísticas do Ambiente divulgadas esta quinta-feira hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam que as emissões de gases com efeito de estufa (GEE) em Portugal, aumentaram no ano passado, por comparação com 2021.
Em 2021, as estimativas das GEE indicavam um decréscimo de 1,3% em relação ao ano anterior, “mantendo a trajetória decrescente desde 2017”, mas no em 2002 aumentaram 1,2%, resultado, “essencialmente do acréscimo das emissões do setor da energia (+2,1%) e do setor dos processos industriais e uso de produtos (+0,5%)”.
Em relação à qualidade do ar, 2022 teve em média 28,2% dos dias classificados como muito bons e 45,6% como bons, valores que em 2021 foram de 31% e 45,9%, respetivamente. Os dados do INE relativos a 2022 mostram que este foi o ano “mais quente dos últimos 92 anos”, com “um valor médio da temperatura média do ar de 16,64 ºC”.
O organismo de estatísticas revekla ainda que os incêndios rurais afetaram uma área de 110,2 mil hectares, mais de um quinto da qual se situava em Área Protegida e cerca de 90% desta situava-se no Parque Natural da Serra da Estrela. 2022 teve “o quinto valor mais baixo do número de ocorrências de incêndios rurais do período 2014-2023 em Portugal continental (10 390 ocorrências), mas a terceira maior área ardida”,
O contributo das fontes de energia renováveis para a produção de eletricidade aumentou, atingindo 61% do total de eletricidade produzida em 2022, ano em que o consumo de energia primária aumentou 2,4% e o da energia final 2,3%. O valor é próximo do registado em período pré-pandemia (2017-2019).
As Estatísticas do Ambiente 2022 do INE, citadas pela agência Lusa, mostram ainda que o valor dos impostos com relevância ambiental atingiu os 4,6 mil milhões de euros, uma diminuição de 7,5%, que reflete “essencialmente a redução da receita do imposto sobre os produtos petrolíferos”.