O ano de 2023 chegou ao fim e encerraram-se, em Cascais, objetivos que visam melhorar a qualidade de vida de todos os cidadãos do concelho.
Um dos desejos que mais é pedido nesta altura de transição de ano é Saúde e essa foi justamente uma das áreas a que a autarquia atribuiu prioridade máxima, começando a realizar investimentos ainda antes da pandemia e que têm estado ao serviço da população e ao alcance de todos.
O serviço continua a ser da responsabilidade do Estado Central, tendo a autarquia assumido o investimento em equipamentos de cuidados primários.
Depois de ultrapassados os procedimentos legais, decorreu na passada quinta-feira, dia 28 de dezembro, a cerimónia de assinatura do Auto de Consignação para a construção do novo Polo de Saúde de Cascais, que, além de Centro de Saúde, vai incluir o Instituto de Medicina Legal. Um equipamento de mais de 6 milhões de euros que servirá a sede do concelho e que terá um prazo de execução previsto de menos de 500 dias.
Esta empreitada encerra, assim, um ciclo de investimentos consideráveis e prioritários na área da Saúde.
Numa altura em que a pressão sobre os sistemas de Saúde também decorre da falta de organização dos serviços prestados, para além de outras causas que têm agravado a situação débil do SNS, como é o caso do aumento da esperança média de vida e decorrente do pós covid-19, ainda assim é exigido aos Governos que atuem decisivamente sobre as causas profundas do problema. As autarquias, mais perto dos cidadãos, têm-se dedicado a atenuar as suas consequências, em especial no que respeita aos cuidados primários.
Em Cascais, centrámo-nos no reforço do Estado Social Local para que nenhum cascalense, sobretudo os mais frágeis, sofra com as megatendências que estão a varrer nações e blocos geográficos mais vastos. A política de Saúde ao nível local tem sido fundamental para mais e melhores cuidados de Saúde.
Antes da pandemia, definimos um plano de investimentos fortíssimo para recuperar Centros de Saúde.
Na nossa visão, os lugares onde a Saúde se exerce no nível mais próximo do cidadão não podiam ser aquilo que eram: edifícios frios, desqualificados, indignos dos profissionais que lá servem e dos portugueses que os procuram.
É bom não esquecer que quando a covid-19 chegou, e apesar de Cascais não ter olhado a meios para proteger a população contra o vírus, não alterámos um milímetro a nossa rota de investimento na Saúde.
Com a covid-19 no seu pico, reforçámos o investimento em meio milhão de euros a criar salas de espera para dar mais conforto e segurança aos utentes. Iniciámos os planos de melhoramentos de todas as unidades de Saúde, investindo mais de 5 milhões de euros nos Centros de Saúde de Cascais, de Alcabideche, São João do Estoril e Parede. Em simultâneo, arrancámos com as obras de ampliação do Centro de Saúde de São Domingos de Rana, para 1,4 milhões de euros de investimento, e com o projeto do novo Centro de Saúde de Carcavelos, uma unidade que serve 25 mil utentes, vale 7 milhões de euros de investimento público e traz à freguesia a qualidade dos cuidados de saúde de última geração.
E, por fim, mentalizámo-nos que todos os cascalenses teriam de ter direito a médico de família. Com quase 40 mil pessoas fora do sistema no nosso concelho, no país são 1,5 milhões, estabelecemos uma parceria com a ARS-LVT e com a Santa Casa da Misericórdia de Cascais que se materializou no projeto ‘Bata Branca’, cedendo instalações e financiando em 50% as despesas de funcionamento. Um ano após ter arrancado o ‘Bata Branca’, temos mais de 30 mil consultas e não há hoje cascalense que não tenha, se assim o desejar, cuidados de médico de família.
A doença do nosso SNS é grave e prolongada. As tendências macro, do país e do mundo, só tenderão a agravá-la. Perante os problemas globais, que não faltem aos governos nacionais a coragem e a determinação que as autarquias têm na confrontação dos desafios locais.