O líder do Partido Social-Democrata (PSD), Luís Montenegro, manifestou, esta terça-feira, solidariedade para com os elementos das forças de segurança, sendo que, da perspetiva do político, a contestação destes profissionais é o resultado de oitos anos de políticas públicas de desinvestimento.
O social-democrata, reivindicou, este sábado, na ilha de São Jorge, nos Açores, ao abrigo da iniciativa “Sentir Portugal”, que: “Isto é o resultado de oito anos de políticas públicas em que houve um grande desinvestimento na administração pública e em muitas das condições nas quais os prestadores de serviço, nomeadamente no caso da segurança, acabaram por se confrontar”.
Luís Montenegro deixou “uma palavra de solidariedade a todos quantos prestaram serviço nas forças e serviços de segurança”, reforçando que a sua expectativa e empenho é, “num futuro próximo”, trabalhar para uma melhor “valorização das suas carreiras” e dar “condições para um trabalho digno”.
O líder do PSD tem visitado esquadras da Polícia de Segurança Pública (PSP) e quartéis da Guarda Nacional Republicana (GNR), onde reparou na existência de “grandes lacunas”, nomeadamente na frota automóvel ou nos equipamentos necessários para haver “uma autoridade pública” que “garanta a segurança das pessoas e bens e a ordem e a tranquilidade pública”.
“Foi uma escolha nos últimos oito anos engavetar grande parte dos investimentos públicos”, disse o social-democrata, sublinhando a falta de investimento “nas forças e serviços de segurança”.
No que toca ao suplemento para os elementos da Polícia Judiciária (PJ), Montenegro explicou que é “preciso dar dignidade à função de autoridade que a polícia tem, é preciso garantir condições dignas de trabalho”.
“É preciso que haja, por parte do Estado, do Governo, uma dotação que se possa conciliar com aquilo que é a respeitabilidade que o exercício da autoridade pública encerra”, sustentou, defendendo que “isso não se faz nem atacando os polícias, nem estando permanentemente a criar restrições que dão um sinal errado à sociedade e, sobretudo, não incentivam aqueles que são os profissionais que estão disponíveis”.
“É porque as condições remuneratórias, as condições de progressão na carreira, as condições para o próprio exercício da função, muitas vezes, não estão garantidas”, o que se traduz em “mais dificuldades de recrutamento”, diz o líder do PSD.