Guerra em Gaza regista recorde de mortalidade diária no século XXI

A diretora da Oxfam para o Médio Oriente, Sally Abi Khalil, diz não entender como a comunidade internacional continua a “assistir ao desenrolar do conflito mais mortal do século XXI, enquanto bloqueia continuamente os apelos a um cessar-fogo”.  

A guerra na Faixa de Gaza tem registado uma média superior a 250 mortes por dia, anunciou, esta quinta-feira, a organização não-governamental (ONG) Oxfam Intermón, acrescentando que o número não tem precedentes em qualquer outro conflito no século XXI. 

De acordo com um relatório publicado hoje, a organização afirma que as mortes contabilizadas na Faixa de Gaza, na sequência da guerra entre o Hamas e Israel, ultrapassa o conflito na Síria, que regista 96,5 mortes por dia.  

Em seguida, de acordo com a Oxfam, o Sudão regista 51,6 mortes diárias, seguido do Iraque (50,8 mortes), na Ucrânia (43,9 mortes), no Afeganistão (23,8 mortes) e Iémen (15,8 mortes). 

A diretora da Oxfam para o Médio Oriente, Sally Abi Khalil, diz não entender como a comunidade internacional continua a “assistir ao desenrolar do conflito mais mortal do século XXI, enquanto bloqueia continuamente os apelos a um cessar-fogo”.  

“Durante 100 dias, o povo de Gaza suportou um inferno. Nenhum lugar na Faixa de Gaza é seguro e toda a população está em risco de fome”, destaca Khalil, num comunicado, citado pelas agências internacionais.  

Além das mortes, a ONG informa que as condições são desumanas, com palestinianos a morrer devido à fome, doenças e frio.