O ano de 2023 terminou com uma diminuição nas insolvências, com 3706 empresas insolventes, menos 163 que no período homólogo de 2022 (decréscimo de 4,2%).
Os dados foram avançados esta quarta-feira pela Iberinform que detalha que, por tipologia de ações, o ano fecha com uma diminuição nas declarações de insolvência requeridas por terceiros (menos 21 empresas, o que traduz um decréscimo de 3,1% face a 2022), enquanto as declarações apresentadas pelas próprias empresas apresentam um ligeiro incremento de mais quatro empresas (+0,6%).
Já os encerramentos com plano de insolvência também diminuem em três empresas (-6,5%) face a 2022. No total do ano foi declarada a insolvência de 2.286 empresas (encerramento de processos), menos 143 do que em 2022, o que resulta numa diminuição no número total de ações de insolvência (menos 163 que em 2022).
Lisboa e Porto foram os distritos que apresentam o valor mais elevado de insolvências: 844 e 859 insolvências, respetivamente. Comparando com o ano anterior, estes valores traduzem uma diminuição de 18,5% em Lisboa e menos acentuada de 2,1% no Porto.
Os restantes distritos que também fecham o ano com decréscimo nas insolvências são: Ponta Delgada (-50%); Évora (-35%); Castelo Branco (-35%); Bragança (-22%); Santarém (-14%); Guarda (-11%); Setúbal (-11%) e Vila Real (-2,4%).
Com aumentos nas insolvências destacam-se os distritos de: Beja (+41%); Horta (+33%); Madeira (+23%); Leiria (+20%); Braga (+17%); Angra do Heroísmo (+9,1%); Viana do Castelo (+8,8%); Viseu (+7,4%); Coimbra (+6,4%); Portalegre (+5%); Faro (+4,2%) e Aveiro (+3,7%).
Apenas dois setores de atividade terminam 2023 com aumentos nas insolvências: transportes (+10%) e indústria transformadora (+7,1%).
No que diz respeito às constituições de empresas, evoluíram de 47930 em 2022 para 50891 no ano passado, um total de mais 2961 empresas constituídas. Em termos homólogos, estes valores traduzem um crescimento de 6,2% face a 2022.
Foi Lisboa que contou com o número de constituições mais significativo, com 17159 novas empresas (+2,5%), seguida pelo Porto com 8649 constituições (+8,3%).
Mas há outros distritos que também apresentam acréscimos nas constituições: Beja (+20%); Viana do Castelo (+16%); Aveiro (+13%); Viseu (+12%); Castelo Branco (+11%); Vila Real (+9,3%); Braga (+8,5%); Faro (+8,2%); Coimbra (+8%); Santarém (+8%); Setúbal (+7,8%); Évora (+6,6%); Leiria (+5,3%); Madeira (+2,4%); Portalegre (+2,4%) e Ponta Delgada (+1,8%).
Com variação negativa surgem quatro distritos: Horta (-23%); Bragança (-5,4%); Angra do Heroísmo (-3,6%) e Guarda (-0,3%).
Segundo a Iberinform, os setores que apresentam variação positiva em 2023 quanto à constituição de novas empresas são: transportes (+42%); comércio de veículos (+16%); eletricidade, gás, água (+15%); hotelaria e restauração (+11%); construção e obras públicas (+10%); comércio por grosso (+4,9%); agricultura, caça e pesca (+1,1%) e comércio a retalho (+ 0,7%).