Ikea diz que não se quer envolver em questões partidárias

Marca respondeu ao Nascer do Sol que foco da campanha, que invadiu as redes sociais, é apenas o humor.

Imagens de cartazes de um anúncio do Ikea a uma estante são, esta quarta-feira, um dos temas mais trending nas redes sociais. Tudo porque a marca sueca, com lojas em Portugal há cerca de vinte anos, promove a peça de mobiliário como sendo boa para guardar livros ou 75.800 euros, o que pode ser interpretado como uma referência aos envelopes com dinheiro encontrados pelas autoridades no escritório do ex-chefe de gabinete de António Costa, Vítor Escária.

Em reação à popularidade do anúncio, em especial nas redes sociais, a marca respondeu ao Nascer do Sol: “A IKEA faz parte do dia-a-dia dos portugueses há 20 anos, e gostamos de desenvolver campanhas que reflitam a sua vida real. As suas rotinas, as suas conversas, as suas discussões, mais e menos acesas, e o próprio humor com que muitas vezes abordam os temas mais sérios. Esse foi o ponto de partida deste, e de outros mupis que temos tido a circular pelas cidades nas últimas semanas, sem qualquer intenção ou propósito de contribuir, seja de que forma for, para o debate partidário e para o atual contexto pré-eleitoral que se vive no País”.

“Olhamos para as nossas campanhas, e para nós próprios, com sentido de humor, e muitas vezes como forma de aliviar a tensão de um mundo com os nervos cada vez mais à flor da pele”, lê-se ainda na nota enviada ao Nascer do Sol.

No cartaz em causa lê-se o slogan: “Boa para guardar livros. Ou 75.800 euros”. Este é o valor que foi encontrado pelas autoridades em vários envelopes escondidos, incluindo numa estante, no escritório de Vítor Escária, na altura chefe de gabinete de António Costa.

Sublinhe-se que a descoberta do dinheiro foi feita durante as buscas, no âmbito da Operação Influencer, que levou à demissão de António Costa.

Mas o cartaz à estante, que um utilizador do X até sugere à marca que mude o nome para Eskarya, não é o único anúncio do Ikea com referências políticas. Veja-se os casos abaixo, que, apesar de terem passado mais despercebidos quando foram colocados na rua, já estão a ser partilhados nas redes.