O produto interno bruto (PIB) cresceu 2,3% em volume no ano passado, após o aumento de 6,8% em 2022, o mais elevado desde 1987. Os dados, revelados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), indicam um valor que fica acima da previsão do Governo, que apontava para um crescimento de 2,2%.
“A procura interna apresentou um contributo positivo para a variação anual do PIB, embora inferior ao observado no ano anterior, verificando-se uma desaceleração do consumo privado e do investimento”, explica o gabinete de estatística, avançando ainda que “o contributo da procura externa líquida também foi positivo em 2023, mas menos intenso que em 2022, tendo as exportações e as importações de bens e serviços em volume desacelerado significativamente”.
O INE avança ainda que o PIB, em termos reais, registou uma variação homóloga de 2,2% no último trimestre do ano passado, depois de ter crescido 1,9% no trimestre anterior. “O contributo da procura interna para a variação homóloga do PIB manteve-se elevado no 4º trimestre, verificando-se uma aceleração do consumo privado e uma desaceleração do investimento”, lê-se na nota, que acrescenta que o contributo da procura externa líquida para a variação homóloga do PIB “passou a positivo, tendo as exportações de bens e serviços em volume apresentado um crescimento mais intenso que as importações”.
Fazendo a comparação o trimestre anterior, o PIB aumentou 0,8% em volume (diminuição em cadeia de 0,2% no trimestre anterior). O gabinete de estatística justifica estes números: “O contributo da procura interna para a variação em cadeia do PIB aumentou no 4º trimestre, refletindo o comportamento do consumo privado, enquanto o contributo da procura externa líquida foi menos negativo”.
Também esta terça-feira o Eurostat avançou com valores de crescimento da economia. Segundo o gabinete de estatística europeu, o PIB terá crescido 0,1% e 0,2% na zona euro e na União Europeia (UE), no quarto trimestre de 2023 em comparação com o mesmo período do ano passado. Portugal regista o maior avanço homólogo (2,2%) e também em cadeia (0,8%).