A proibição de comprar casas em cidades no Canadá, imposta pelo país a investidores estrangeiros desde 2023, será prorrogada até ao fim de 2026. O anúncio do governo deste domingo tem como objetivo fazer face à escassez de casas e apartamentos, anunciou hoje o Governo.
As exceções a esta lei, que só se aplica às residências urbanas e não às propriedades turísticas, continuam a ser previstas para os refugiados ou residentes permanentes. A certos estudantes internacionais e trabalhadores temporários também se aplica.
“Ao alargar a proibição do investimento estrangeiro, garantimos que os apartamentos servem de domicílio para as famílias canadianas e não se tornam um ativo financeiro especulativo”, declarou a vice-primeira-ministra canadiana, Chrystia Freeland, num comunicado divulgado este domingo.
O governo liberal de Justin Trudeau acusa os investidores estrangeiros de terem feito subir os preços dos imóveis ao longo dos anos, nomeadamente nos grandes centros urbanos.
No entanto, muitos especialistas acreditam que esta proibição de compradores estrangeiros – 2% e 7% dos proprietários de casas no Canadá em 2021 – não terá o efeito desejado de tornar as casas mais acessíveis. Em vez disso, apontam para a necessidade de se construírem mais casas para satisfazer a procura.
A procura de habitações para arrendamento voltou a ultrapassar a oferta em 2023, e o número de apartamentos disponíveis para arrendamento é o mais baixo desde 1988.