O Tribunal Federal de recurso nos Estados Unidos da América (EUA), decidiu, esta terça-feira, que Donald Trump não goza de imunidade presidencial, e que poderá a vir ser julgado no caso de alegada interferência nas presidenciais.
O antigo chefe de Estado pode recorrer da decisão para dois tribunais superiores e, assim, atrasar o julgamento, a confirmar-se, para depois das eleições.
O tribunal, em Washington DC, acabou por rejeitar os pedidos de imunidade de Donald Trump, deixando assim aberta a possibilidade para julgamento, no processo de alegada interferência nos resultados das eleições presidenciais norte-americanas de 2020.
Os três juízes já tinham demostrado ceticismo, em janeiro, relativamente à imunidade na invasão do capitólio.
Inicialmente, Trump tinha submetido uma moção para arquivar a acusação, porém o juiz recusou-a, o que obrigou o republicano a recorrer para a instância superior.
O antigo presidente dos EUA está acusado de crimes relacionados com a invasão ao Capitólio dos Estados Unidos, no dia 06 de janeiro de 2021, e de tentar reverter o resultado das presidenciais, em novembro de 2020, onde acabou por ser derrotado pelo atual presidente, Joe Biden.
Trump negou sempre as acusações e alegou, em janeiro, no Tribunal Federal que tinha imunidade presidencial à data dos factos e que, por isso, não poderia ser julgado.
Este caso é um dos quatro processos judiciais que Trump enfrenta, enquanto tenta voltar a ser o candidato republicano às eleições presidenciais de novembro.