MP pede prisão preventiva para suspeitos de corrupção na Madeira

Na quinta-feira, o juiz de instrução criminal Jorge Bernardes Melo recusou o requerimento para a libertação imediata apresentado pelas defesas dos três detidos

O Ministério Público (MP) pediu esta sexta-feira prisão preventiva para os três detidos no âmbito da investigação por suspeitas de corrupção na Madeira. 

O advogado advogado Raul Soares da Veiga, que defende o empresário Avelino Farinha, líder do grupo de construção AFA, revelou que a procuradora do Ministério Público pediu prisão preventiva para os três suspeitos.

Soares da Veiga, à saída do Tribunal Central de Instrução Criminal, no Campus de Justiça, em Lisboa, onde decorreram as alegações do Ministério Público, revelou também que o advogado André Navarro de Noronha já interveio na defesa do seu cliente, Custódio Correia, principal acionista do grupo ligado à construção civil Socicorreia.

“Esteve muitíssimo bem, desmontou toda a argumentação do Ministério Público”, afirmou, acrescentando que irá “tentar fazer o mesmo” pelo seu constituinte. Soares da Veiga considerou “não ser nada provável” que o juiz decida ainda hoje as medidas de coação para os três arguidos. 

A par de Avelino Farinha e Custódio Correia, Pedro Calado, ex-autarca do Funchal, está também detido desde 24 de janeiro. À saída para a pausa para almoço, o advogado Paulo Sá e Cunha, que representa Pedro Calado, escusou-se a dizer se o MP tinha promovido as medidas de coação. 

Na quinta-feira, o juiz de instrução criminal Jorge Bernardes Melo recusou o requerimento para a libertação imediata apresentado pelas defesas dos três detidos.

No âmbito deste processo, o presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque (PSD), foi constituído arguido e acabou por renunciar ao cargo, o que levou à queda do executivo regional, da coligação PSD/CDS-PP, com o apoio parlamentar do PAN.