EUA e China querem que Israel suspenda operação militar em Rafah

Telavive prepara uma ofensiva no sul da Faixa de Gaza, onde se encontram cerca de 1,4 milhões de palestinianos.

Os Estados Unidos da América (EUA) voltaram a apelar, esta terça-feira, a Israel, para suspender uma possível operação militar, sobre a cidade de Rafah, sem um plano humanitário previamente preparado para a Região. A China realizou um apelo semelhante, pedindo a Israel para que interrompa a operação militar, “o mais rápido possível”.

Os norte-americanos garantem que não vão apoiar qualquer campanha militar israelita, no sul do enclave palestiniano, sem que sejam tidos em conta os 1,4 milhões de palestinianos que se encontram em Rafah.

Relembre-se que, no início do conflito, Telavive indicou a todos os civis para se dirigirem para Sul da Faixa de Gaza, perto da fronteira com o Egito. Sendo agora esta a região que concentra o maior número de habitantes palestinianos.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, quer entrar em Rafah para conseguir derrotar o Hamas, tendo já ordenado ao seu exército que preparasse um plano de ofensiva na região, onde se encontram 1,4 milhões de palestinianos, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU).

Na passada segunda-feira o líder do Governo israelita sublinhou a sua determinação em continuar a “pressão militar até à vitória completa”, sobre o Hamas, que usa Rafah, como “último reduto”.

O Egito foi um dos países que também já se pronunciou sobre a operação militar israelita em Rafah e deixou o aviso: Se Israel avançar sobre a cidade do sul do enclave, Cairo irá suspender o tratado de paz com Telavive.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, em comunicado, referiu que: “A China está a acompanhar de perto a evolução da situação na região de Rafah e opõe-se e condena as ações que prejudicam os civis e violam o direito internacional”.

Pequim apela a que Israel “para que termine a operação militar o mais rápido possível e faça tudo o que estiver ao seu alcance para evitar vítimas civis inocentes, de modo a evitar uma catástrofe humanitária ainda maior na região de Rafah”.