Farense é absolvido de castigo no caso de insultos racistas

Em janeiro de 2023, o emblema de Faro tinha sido punido com dois jogos à porta fechada, e ainda uma multa de 33.470 mil euros, por comportamentos discriminatórios no jogo contra o Académico de Viseu.

O Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) revogou, esta quinta-feira, o castigo de dois jogos à porta fechada, ao Farense, por comportamentos discriminatórios. Fonte da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) avança que o organismo vai recorrer a decisão.

O acórdão, citado pela agência Lusa, refere que “ficou factualmente provado […] que os jogadores André Clóvis, Kauã Oliveira e Famana Quizera foram alvo de insultos racistas”. Contudo, o TAD refere que “não ficou provado que alguém da estrutura da demandante [Farense] os tenha ouvido, que dos mesmos tenham tido perceção direta ou dos mesmos tenham tomado conhecimento efetivo e atempado, e, assim, tido oportunidade de reagir em tempo útil”.

Uma fonte da FPF, citada pela agência Lusa, informa que o organismo vai recorrer da decisão do TAD, para o Tribunal Administrativo do Sul.

Em 31 de janeiro, de 2023, o Farense tinha sido punido com dois jogos à porta fechada e 33.470 multas por comportamentos discriminatórios no empate com o Académico de Viseu, em 20 de agosto de 2022, para a II Liga de Futebol.

Após a partida, o jogador brasileiro dos viseenses André Clóvis disse ter sido alvo de insultos racistas por parte dos adeptos algarvios presentes no Estádio São Luís, um incidente denunciado também pelo próprio clube que representa.

O conflito entre a equipa do Académico de Viseu e os adeptos locais levou à expulsão do presidente do Farense, João Rodrigues.