A procuradora-geral da República (PGR), Lucília Gago, disse esta sexta-feira que não está disponível para um novo mandato e que concorda sobre uma reforma na Justiça, mas que ainda “não é tempo” para esse debate.
Sobre as pressões externas ao Ministério Público (MP), a procuradora-geral voltou a considerar que são “uma evidência” e que são “múltiplas forças” de “diversas origens, diversas proveniências”.
Lucília Gago prestava declarações aos jornalistas à margem do Congresso do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP), que decorre em Ponta Delgada, Açores, entre até amanhã, dia 2 de março.
“O resultado é aquele a que todos assistimos e que dispensa, portanto, comentários. Está tudo no discurso. Agora não é tempo de fazer esse debate, de todo. Mais tarde, com calma, com aprofundamento e com espírito construtivo, aquilo que é suposto existir e que as vezes escasseia, isso faz todo o sentido”, destacou ainda.
Questionada se estaria disponível para continuar no cargo, Lucília Gago afirmou que “de modo algum”. “Está fora de questão. Tenho tempo e condições para me jubilar”, concluiu.