Depois de tudo o que se passou com a governação do PS, e também depois de tudo o que não se fez durante esse longuíssimo período, é essencial uma mudança do ciclo político em Portugal . Mudar é preciso! É preciso mudar de Governo e de políticas.
Portugal é hoje o país mais pobre da Europa ocidental e, a continuar a presente trajetória, será também em breve o mais pobre de toda a União Europeia, incluindo países da Europa Central e do Leste, tais como a Roménia a Bulgária.
A verdade é que o atual Governo, apesar de se dizer socialista, tem desenvolvido uma política que, sendo estatista, é muito pouco social: assiste-se a uma profunda degradação dos serviços públicos, nomeadamente da saúde e da educação, e também a uma generalizada crise da habitação com custos sociais muito graves, sobretudo para os mais jovens.
Se a situação interna não é boa, a externa é também preocupante. Há hoje uma guerra na Europa. A situação geopolítica é mais difícil , complexa e perigosa do que em quaisquer das décadas anteriores. Perante isto, importa conhecer os alinhamentos externos de Portugal, nomeadamente na União Europeia e na NATO.
Ora, o que dizem aqueles que seriam os parceiros de Governo do PS, nomeadamente o BE e o PCP , nos seus programas?
Sobre a NATO, diz lapidarmente o BE: ‘saída de Portugal da NATO’, e logo acrescenta: ‘rejeitando todos os cenários de aproximação a formação de um exército europeu’.
Ou seja , a segurança nacional de Portugal ficaria sem quaisquer aliados , sem quaisquer garantias transatlânticas e mesmo sem qualquer solidariedade em termos de defesa europeia.
Pelo seu lado, o PCP refere textualmente no seu programa a ‘criminosa e belicista política dos EUA, UE e da NATO’ sem ter uma palavra sequer da mais leve crítica para a Rússia, como se não fosse este país que tivesse invadido o seu vizinho e, pelo contrário, tivesse sido a Ucrânia ( ou a NATO ou a UE) a invadir a Rússia.
Quanto à UE, conhecendo o apoio generalizado que os Portugueses dão à construção europeia, quer o PCP quer o BE , que na realidade nunca abandonaram posições fundamentalmente anti-europeias, procuram esconder-se atrás de ataques às políticas comunitárias, nomeadamente ao euro. Mesmo assim, não resistem a expressar a vontade de romper ‘com a submissão à UE’ (PCP dixit) ou a defender o seu ‘compromisso que impõe a insubmissão a UE dos tratados e das regras do euro’ (palavras textuais do BE… como se houvesse outra UE que não a dos tratados e do euro !).
Perante estas posições, esperar-se-ia que estes partidos fossem confrontados com a seguinte questão: para se aliarem ao PS, aceitariam eles abandonar estas suas posições relativamente a UE e a NATO ?
Ao mesmo tempo, conviria perguntar ao PS: para obter o apoio daqueles partidos, aceitaria o PS algum compromisso ou negociação nestas matérias de integração europeia e defesa nacional?
Dir-se-á que o Governo da geringonça foi possível apesar dessas divergências… Mas o tempo agora é outro: não só a situação geopolítica se agravou imenso, como também a questão de política externa e de defesa assumiu muito maior importância e urgência.
Por outro lado, BE e PCP , depois do descalabro da maioria absoluta do PS, estariam agora em situação negocial muito mais forte perante este partido, no caso de ele ser chamado a formar Governo. E aqueles partidos anti-europeus e anti-atlânticos não deixariam de impor as suas condições, fosse na política externa ou, mais provavelmente ainda, na política interna.
Por estas razões, pode seguramente dizer-se que , a haver agora um Governo do PS, este seria o mais esquerdista em Portugal desde o gonçalvismo.
E isso não só por causa da dependência do PS em relação aos partidos da extrema-esquerda, mas também pela própria orientação ideológica do líder do PS candidato a primeiro-ministro.
Na verdade, além de toda a sua imaturidade, o atual secretário-geral do PS é sem dúvida o mais esquerdista de todos os líderes socialistas que Portugal já conheceu.
Perante tudo isto, importa conseguir uma verdadeira alternativa de Governo e iniciar um novo ciclo político.
Seria grave que a maioria dos portugueses, que claramente não apoiam o PS, e que querem uma mudança em Portugal, descobrissem na noite de 10 de Março que, por causa das divisões entre as diversas alternativas e da dispersão dos votos , se vissem condenados a mais do mesmo .
É essencial concentrar os votos , não desperdiçar os votos de todos aqueles que querem a mudança em Portugal. Por um deputado se ganha e por um se perde!
A Aliança Democrática é hoje a única formação política que pode gerar uma alternativa de governo, a única hipótese de mudar o atual estado de coisas.
A Aliança Democrática, que em si mesma já é um esforço de ultrapassar uma visão de um só partido, ainda que reunida em torno de um dos grandes partidos portugueses, o PSD , deverá ser capaz de mobilizar todos os descontentes com a atual situação do país, desde os ex-votantes do PS, desiludidos com a governação e preocupados com a hipótese de um governo demasiado à esquerda, até aos votantes de centro, de centro-direita e de direita. Estes não deveriam, dispersando os seus votos, desperdiçar a oportunidade de pôr fim à governação socialista.
A tudo isto acresce que a Aliança Democrática tem em Luís Montenegro um candidato realmente credível para primeiro-ministro. Alguém que, sendo moderado no conteúdo das políticas, é enérgico e convicto na sua vontade de reformar o país. Alguém que, rejeitando todos os extremismos, de esquerda ou direita, está em condições de unir a maioria dos portugueses. Alguém com relevante experiência política, que conhece realmente os dossiês da governação e que, com estabilidade e equilíbrio, pode liderar um Governo em condições de modernizar Portugal.
Não é com os mesmos que se pode dar ao nosso país a confiança de que tanto necessita! Não é com as mesmas políticas que se podem obter outros e melhores resultados.
É com novas políticas e nova liderança que se pode gerar uma nova esperança para o nosso o país.
Portugal precisa claramente de uma mudança. Com a Aliança Democrática e Luís Montenegro será possível Portugal fazer uma mudança segura.